domingo, 13 de março de 2011

A História de John Newton e Amazing Grace

Por volta de 1750, John Newton era o comandante de um navio negreiro inglês. Os navios faziam o primeiro pé de sua viagem da Inglaterra quase vazios até que escorassem na costa africana. Lá os chefes tribais entregavam aos Europeus as "cargas" compostas de homens e mulheres, capturados nas invasões e nas guerras entre tribos. Os compradores seleccionavam os espécimes mais finos, e comprava-os em troca de armas, munições, licor, e tecidos. Os cativos seriam trazidos então a bordo e preparados para o "transporte". Eram acorrentados nas plataformas para impedir suicídios. Colocados lado a lado para conservar o espaço, em fileira após a fileira, uma após outra, até que a embarcação estivesse "carregada", normalmente até 600 "unidades" de carga humana. Os escravos eram "carregados" nos navios para a viagem através do Atlântico. Os capitães procuraram fazer uma viagem rápida esperando preservar ao máximo a sua carga, contudo a taxa de mortalidade era alta, normalmente 20% ou mais. Quando um surto de disenteria ou qualquer outra doença ocorria, os doentes eram atirados ao mar. Uma vez chegados ao Novo Mundo, os negros eram negociados por açúcar e melaço que os navios carregavam para Inglaterra no pé final de seu "comércio triangular."John Newton transportou muitas cargas de escravos africanos trazidos à América no século XVIII. Numa das suas viagens, o navio enfrentou uma enorme tempestade e afundou-se. Foi nesta tempestade que Newton ofereceu sua vida a Cristo, pensando que ia morrer.Após ter sobrevivido, ele converteu-se verdadeiramente ao Senhor Jesus e começou a estudar para ser um chamado Pastor”. Nos últimos 43 anos de sua vida ele pregou o evangelho em Olney e em Londres. Em 1782, Newton disse: "Minha memória já quase se foi, mas eu recordo duas coisas: Eu sou um grande pecador, Cristo é o meu grande salvador."No túmulo de Newton lê-se: "John Newton, uma vez um infiel e um libertino, um mercador de escravos na África, foi, pela misericórdia de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, perdoado e inspirado a pregar a mesma fé que ele tinha se esforçado muito por destruir". O seu mais famoso testemunho continua vivo, no mais famoso das centenas de hinos que escreveu:* Sublime graça
1. Sublime graça que alcançou
Um pobre como eu,
Que a mim, perdido e cego achou,
Salvou e a vista deu!

2. De vãos temores e aflição
A graça me livrou
E doce alívio ao coração
Em Cristo me outorgou.

3. Se lutas vêm, perigos há,
Se é longo o caminhar,
A graça a mim conduzirá
Seguro ao santo lar.

4. A Deus, então, adorarei
Ali, no céu de luz,
E para sempre cantarei
Da graça de Jesus.

In http://bacaninha.globo.com

Trailer do Filme Amazing Grace
Ouça a música no Youtube.

Eu li "MARAVILHOSA GRAÇA"

Autor: Philip D. Yancey
Editora Vida
277 páginas

Apenas algumas das frases do livro que me fizeram parar e pensar:


"As grandes revoluções cristãs", disse H. Richard Niebuhr, "não vêm por meio da descoberta de alguma coisa que não era conhecida antes. Elas acontecem quando alguém aceita radicalmente uma coisa que sempre esteve aí"

“Alguns de nós parecemos tão ansiosos em fugir do inferno que nos esquecemos de celebrar a nossa viagem para o céu”

"O mundo pode fazer quase tudo tão bem ou melhor do que a igreja", diz Gordon MacDonald. "Você não precisa ser cristão para construir casas, alimentar os famintos ou curar os enfermos. Há apenas uma coisa que o mundo não pode fazer. Ele não pode oferecer graça."

“Rejeitei a igreja durante algum tempo porque encontrei bem pouca graça ali. Voltei porque não descobri graça em nenhum outro lugar”

“Os cristãos gastam muita energia debatendo e decretando a verdade; cada igreja defende sua versão particular. Mas o que dizer da graça? Como é difícil encontrar uma igreja que esteja competindo com suas rivais para superá-las na graça”

Um pai espanhol decidiu reconciliar-se com seu filho que havia fugido para Madri. Cheio de remorso, o pai publica este anúncio no jornal El Liberal: "PACO, ENCONTRE-SE COMIGO NO HOTEL MONTANA TERÇA-FEIRA AO MEIO-DIA. ESTÁ TUDO PERDOADO, PAPÁ". Paco é um nome comum na Espanha. E quando o pai vai ao local combinado, encontra oitocentos jovens chamados Paco à espera de seus pais

“O caminho de oito passos do budismo, a doutrina hindu do karma, a aliança judaica, o código da lei muçulmana — cada um deles oferece um caminho para alcançar a aprovação. Apenas o cristianismo se atreve a dizer que o amor de Deus é incondicional”.

“O passado deve ser lembrado antes de ser vencido”
"Todos nós somos esquisitos, mas Deus nos ama mesmo assim"

“A prova da maturidade espiritual não é quanto você está ‘puro’, mas, sim, a conscientização de sua impureza. Essa mesma conscientização abre a porta para a graça”

“Se você quer liberdade de palavra, fale abertamente. Se você ama a verdade, fale a verdade”

“Com demasiada freqüência, a igreja levanta um espelho refletindo a sociedade que a cerca, em vez de uma janela revelando um caminho diferente”

“A igreja deveria ser um porto para as pessoas que se sentem horríveis”

“O mundo tem sede de graça. Quando a graça desce, o mundo fica em silêncio diante dela”

Sou Amado, Logo Existo

“criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1. 27). O que significa para nós humanos sermos criados como Deus, ou seja, parecidos com o nosso criador? O que há em nós que reflete essa imagem e semelhança de Deus? A singularidade humana aparece em dois momentos na criação: 1) De tudo o que Deus criou, o ser humano é o único com o qual Ele se comunica. Somos a única parte da criação de Deus com a qual Ele procura estabelecer um relacionamento. 2) É confiado à humanidade a administração e o cultivo de tudo quanto Deus criou. Se Deus nos criou para a sua glória (Isaías 43. 7) e, apenas um pouco menor do que Ele nos criou (Salmo 8. 5), então isso deveria nos encher de dignidade e amor próprio.
Nós, humanos, somos diferentes, únicos, especiais... Mas, o que nos torna diferentes? O que em nós é parecido com Deus? Por que nós temos condições para dominar esse mundo (Gn 1. 28)? Deus nos deu uma maior força física? Somos maiores que aos outros animais? Uma beleza maior, mais cativante? Maior rapidez, agilidade? Poderes mágicos? Não. É mais e melhor do que tudo isso. O autor John Stott diz é ser agraciado por Deus com a capacidade para pensar, escolher, criar, amar e adorar.
1. Racionalidade autoconsciente. Somos capazes de levantar dúvidas e questionamentos. Podemos olhar para dentro de nós mesmos e nos avaliar, somos autocríticos. Podemos gerar novos pensamentos, propor reflexões sobre a vida e tantas outras questões que julgamos importantes. Somos parecidos com Deus em nossa capacidade de pensar.
2. Capacidade de fazer opções morais. Podemos discernir entre o certo e o errado. Foi por isso que Deus pôde dizer ao primeiro casal humano de quais árvores os frutos eram bons e comestíveis e de qual não se deveria comer. Deus sabia que eles eram perfeitamente capazes de diferenciar e escolher.
3. Criatividade artística. Basta olhar a nossa volta para constatarmos quantas coisas o ser humano já foi capaz de criar. Deus é criador. Ao sermos criados à imagem e semelhança de Deus, ele nos deu o desejo e a capacidade de sermos também criadores.
4. Relacionamentos de amor. Deus é amor. E, a nossa capacidade de amar é um reflexo da nossa semelhança com Ele. É nos relacionamentos que desfrutamos uma vida plena. O ser humano não foi criado para viver só (Gênesis 2. 18). A integridade humana está em viver numa relação com Deus e com o próximo.
5. Todos os seres humanos possuem consciência de que existe algo mais, um ser supremo, uma realidade além de si mesmo. Todos vivemos em busca do ser supremo. Sem Deus estamos perdidos, a vida não faz sentido. Nossa maior nobreza está nessa capacidade de conhecer a Deus, de nos relacionarmos pessoalmente com Ele, de amá-Lo, de adorá-Lo. Seremos verdadeiramente humanos somente quando nos relacionarmos com nosso criador.

Não Por Méritos

Você alguma vez já parou para refletir sobre as razões que te levam as discussões e disputas com outras pessoas? No Evangelho de Lucas, encontramos os discípulos de Jesus numa discussão acerca de qual deles seria o maior (Lucas 9. 46). Essa disputa começou lá com os doze em volta de Jesus, mas até hoje o assunto ainda está bem presente. É claro que a maioria de nós não ousa falar assim tão abertamente sobre o caso e, muito menos nos atrevemos a reivindicar status assim, na ‘cara dura’. No entanto, basta prestarmos atenção a nossas motivações internas para logo concluirmos que sempre queremos ser o primeiro, o maior, o mais importante.
Jesus percebeu o que estava acontecendo. E Ele mais uma vez toma de exemplo uma criança para dizer que “aquele que entre vocês for o menor, este será o maior” (v. 48). Essa é a lógica desconcertante de Deus. Aliás, a lógica de Deus muitas vezes é totalmente sem lógica. É por isso que muitos sábios ensinam que as Escrituras são para serem ouvidas, precisamos meditar e acolher a Palavra em nossos corações. É meditar e deixar as nossas vidas se moldarem ao padrão de Deus. Mas, o que acontece? Nós queremos encaixar Deus dentro de um padrão aceitável à nossa própria lógica. Estamos sempre nos precipitando. Metemos os pés pelas mãos e nos orgulhamos de coisas que não fizemos. Estamos sempre em busca da grandeza, dos méritos, do aplauso e do elogio.
Jesus era realmente muito paciente e amoroso. Lidar com os discípulos não devia ser fácil. Era cada ‘furo’, cada pisada na bola! No texto de Lucas 9. 46 – 56 são três mancadas: 1) A ‘discussão entre os discípulos acerca de qual deles seria o maior’ – Vaidade. 2) “Mestre, vimos um homem expulsando demônios em teu nome e procuramos impedi-lo, porque ele não era um dos nossos” – Precipitação. 3) Ao verem que Jesus não foi recebido pelo povo, ‘os discípulos Tiago e João perguntaram: “Senhor, queres que façamos cair fogo do céu para destruí-los?”’ – Arrogância.
Esses discípulos eram mesmo umas peças! Conseguiam sair com cada uma! E Jesus sempre aproveita para ensinar algo novo. Ele não desistiu dos doze discípulos, mas insistiu com eles. E, logo depois, lá estão eles novamente tentando eliminar a concorrência e querendo mostrar serviço para ganhar uns pontinhos com o Mestre! Que reconfortante é descobrir esse Deus gracioso nas Escrituras. Ah! Como eu sou parecido com os discípulos quando se trata de pisar na bola e de dar mancada! Como é bom saber que o amor de Deus o faz insistir comigo! Pois Cristo “não veio para destruir a vida dos homens, mas para salvá-los”.